Mitos e verdades sobre o Low Poo

By Mirella Barros - outubro 13, 2017

Quem acompanha o blog há um tempo já sabe que eu pratico o método Low Poo, porém não de forma fanática. Uso meu shampoo com sulfato, super hidratante aliás, toda vez que vejo necessidade. Para alguns seguidores da técnica eu nem poderia ser considerada uma praticante do Low Poo em função disso. Aliás já falamos sobre algumas "pirações" que a técnica pode causar no post "5 sinais que o Low Poo está te enlouquecendo". Seguindo essa mesma linha, hoje vamos falar sobre os "mitos" e "verdades" sobre a técnica.


"No início seu cabelo fica ruim, depois melhora"



Essa é uma das frases que mais escuto entre as praticantes da técnica. Considero esse conceito um mito e vou explicar o porquê. Acredita-se que o cabelo pode ficar ressecado no início da técnica, já que os produtos que "maquiam" os fios não estão sendo mais usados. A princípio até parece fazer sentido, exceto por um detalhe: quando a pessoa em questão não fazia uso de máscaras com petrolatos, apenas trocou o shampoo com sulfato pelo shampoo "liberado". Nesse caso não há justificativa. Qual a explicação para esse fracasso inicial então? O que observo é que muitas pessoas acabam escolhendo shampoos infantis por exemplo. Esses produtos possuem um pH que para o cabelo de um adulto é alto, causando a abertura das cutículas dos fios e o consequente ressecamento. Assim como os infantis, alguns shampoos mais acessíveis também possuem essa mesma faixa de pH. Isso faz com que o shampoo que, supostamente promoveria uma limpeza suave, resseque mais do que o que contém sulfato forte. Minha dica para acertar na técnica é pesquisar bem antes de escolher um shampoo. Leve em conta as necessidades do seu cabelo, se é ressecado, se possui químicas alisantes, coloração, luzes etc. Além disso considere as características do shampoo, tais como o pH e presença de agentes hidratantes na fórmula. O produto que deu mais certo pra mim até hoje foi o shampoo Divine Curls, da Inoar. Ele é indicado para cabelos cacheados e ondulados. Aliás uma boa dica é procurar shampoos para cabelos cacheados, normalmente eles são mais hidratantes.


"Não funciona em cabelos lisos"



Sabemos que a técnica foi criada por uma cabeleireira cacheada, que constatou os danos que o sulfato promovia nesse tipo de cabelo. Porém qualquer tipo de cabelo pode ser beneficiado com a técnica. Alguém com cabelo liso, mas ressecado e com bastante volume é um ótimo candidato para iniciar o Low Poo. Quanto mais hidratante o shampoo sem sulfato for, melhor para esse cabelo. Por outro lado é comum cabelos lisos serem mais oleosos. Para esses casos também é possível o uso de shampoos liberados, basta escolher um que não seja tão tenha muitos óleos na fórmula, por exemplo. Temos aqui então mais um mito.


"Provoca caspa"



Se generalizarmos essa afirmação ela seria, sim, um mito. Porém ela pode ser uma verdade em alguns casos. Pessoas com oleosidade excessiva no couro cabeludo podem desenvolver caspa, principalmente se usarem shampoos muito hidratantes. Já vi relatos até mesmo de cacheadas que não seguem a técnica por esse motivo. Portanto é sempre bom levarmos em conta as características dos nossos cabelos antes de começar a técnica. Se você já sofre com seborreia por exemplo, o Low Poo pode não ser uma boa ideia. Nada impede que você use demais produtos "liberados", como máscaras e condicionadores, já que eles não são aplicados diretamente no couro cabeludo.


"Se você usar algum proibido vai arruinar todo o tratamento"



"Usei um proibido, agora perdi 6 meses de low poo!". Quem nunca leu uma frase dessa nos grupos de cabelo no Facebook? Isso não é um mito, isso é uma "viagem"! De onde as pessoas tiram essas ideias? O que eu acredito que ocorra é o seguinte: a pessoa fica tomada por um desespero tão grande por ter usado um "proibido", que acaba usando um shampoo de limpeza profunda para remover os petrolatos. Aí não há cabelo que não resseque, né? Não há necessidade de usar um shampoo de limpeza profunda nesses casos. Uma boa dica é ter sempre em casa um shampoo com sulfato que seja hidratante. Assim não se nota tanta diferença ao usá-lo, as vezes não se nota nenhuma na verdade. Falo por experiência própria. Um produto que gosto para essas situações é o Argan Oil, da Inoar.


"Todo produto com petrolatos não trata os cabelos"


Deixei o mais polêmico para o final. Sabemos que a adição de petrolatos pode "baratear" um produto, porém será que a simples presença de parafina na fórmula torna um produto ruim? Eu acredito que não, visto que alguns produtos de marcas profissionais como Kérastase e L´oreal possuem petrolatos. Essas marcas utilizam alta tecnologia na fabricação de seus produtos, o que permite uma alta performance nos fios, mas também eleva absurdamente os preços. Portanto, nesse caso a função dos petrolatos não é baratear. Não estou  dizendo que os petrolatos são agentes de tratamento, mas nesses casos específicos a presença deles não impede o tratamento dos fios. Antes de afirmar se um produto é bom ou não, precisamos avaliar não só a presença de petrolatos, mas os outros agentes da fórmula e também o custo. Um produto que possui parafina e a embalagem de 1 kg custa menos de R$ 10,00, provavelmente tem só petrolatos mesmo. Então na minha humilde opinião temos mais um mito.

Esses são os mitos e verdades que tenho observado com a minha experiência com a técnica. Sinta-se livre para discordar ou acrescentar suas experiências aqui nos comentários.


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2 comentários

  1. Olá! Gostei muito do seu post, não sabia muito sobre essa técnica, mas vejo muitas blogueiras divulgando-a, você trouxe várias informações novas e interessantes.

    www.estante450.blogspot.com.br

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  2. Oii, que legal esse teu post, não conhecia essa técnica Low Pow, achei muito interessante.

    Beijos
    www.20-primaveras.blogspot.com.br

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